26 de jul. de 2009

Jornal Cobaia: Cama, Banho e Sex Shop

Mulheres abandonam o tradicional "Papai e Mamãe" e afirmam que o diferente é ainda mais prazeroso
Consumidora compulsiva de produtos eróticos há cerca de cinco anos, a esposa e mãe, Pâmela C. entrou no mundo das fantasias sexuais por diversão. “Meu marido adora quando eu uso fantasias como a de enfermeira” revela. Ela já chegou a comprar cremes estimulantes, algemas e até chicote, além de ter gasto 160 reais em um vibrado a prova d’água, “Muito bem pagos, por sinal”.
O companheiro de Pâmela aprova as loucuras da mulher. Assim como o casal, muitas pessoas acabam descobrindo que acessórios eróticos podem apimentar a vida entre quatro paredes. Entretanto, há quem busque tratamentos ligados ao psicológico para resolver os problemas na cama. Independente da forma utilizada, o importante é melhorar o desempenho sexual.
A Clínica Vitalitá, localizada em Balneário Camboriú, recebe frequentemente pessoas em busca de ajuda para resolver problemas na vida sexual. A sexóloga Rita Salgado, que trabalha há mais de 20 anos na área, aponta que na maioria dos casos as disfunções relatadas são as mesmas. A falta de desejo, a incapacidade de chegar ao orgasmo e a impotência sexual são casos recorrentes no dia-a-dia de sua profissão.
Rita utiliza de técnicas de psicoterapia sexual para resolver esses distúrbios de casais e de indivíduos sozinhos. Para ela, o princípio de todo o tratamento é a conversa. É nesse ponto que a profissional detecta qual o foco da insatisfação.
Conforme a sexóloga, casais jovens também sofrem com distúrbios sexuais. Os problemas do dia-a-dia, como os filhos e o estresse são as justificativas mais frequentes. Além disso, a pornografia na Internet vem sendo outro vilão no desempenho sexual dos homens. Essa nova prática permite que eles não se envolvam emocionalmente com outras pessoas e ainda assim obtenham a auto satisfação, “Eles são egoístas,” justifica Rita.
Não são apenas as mulheres casadas que buscam apimentar a vida sexual. A estudante de 19 anos, Eduarda (trocamos o nome para preservar sua identidade), namora há quase dois anos e também utiliza vários artifícios para agradar ao namorado e a si mesma.
Ela não tem dúvidas quanto ao efeito das fantasias, possui cerca de sete modelos diferentes, entre eles o de faxineira e policial. Eduarda já comprou calcinhas comestíveis, mas não recomenda, “Elas são muito enjoativas”. Há também as bolinhas que estouram liberando aromas e sabores, “O único problema era ir ao banheiro e sentir o cheiro framboesa durante dias”.
A última aquisição da jovem foi um livro sobre pompoarismo, técnica antiga que consiste em contrair e relaxar os músculos da vagina proporcionando maior satisfação sexual. Ela afirma que o namorado já notou algumas diferenças. Ela acredita que os homens são muito mais ligados ao sexo que as mulheres. Por esse motivo, ela reforça a tese de que buscar alternativas que agradem o casal é uma forma de impedir que o homem vá buscar formas de obter prazer fora do relacionamento. Entretanto, sem submeter-se a situações que possam não ser do agrado de ambos.
Tanto Pâmela quanto Eduarda acreditam que utilizar os produtos eróticos pode apimentar e melhorar a vida sexual, sem que haja uma rotina. A consumidora Pâmela deixa uma dica para quem não conhece esse mundo: “As pessoas não sabem o que estão perdendo”.
A sexóloga ressalta, ainda, que a procura constante de ambientes e acessórios eróticos como única forma de melhorar a relação pode ter efeito oposto. O indivíduo pode tornar-se mais isolado e buscar, apenas, a auto-estimulação. Esses utensílios podem suprir a falta de libido do casal. No entanto, só serão benéficos quando utilizados de forma equilibrada.

3 comentários:

  1. Parabéns pela matéria... Vou postar a minha no meu blog também, esqueci de registrar por lá.
    Semestre iniciando novamente. he he he
    Boa semana aew

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  2. Que orgulho de nós =)

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  3. Muito bom, só digo isso :D

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