5 de mar. de 2011

Entrevista: Tiago Scheuer

Tiago Scheuer é conhecido também como Xóia e nasceu em Jaraguá do Sul, no norte de Santa Catarina. Em 2005, concluiu o curso de jornalismo pela Universidade do Vale do Itajaí – Univali.

DM: Quando descobriu que queria fazer jornalismo?
TS: Desde meus sete anos de idade, quando meu pai comprou uma câmera filmadora, eu já fiquei fascinado com a "nova brincadeira". Curtia muito gravar coisas em dezenas de fitas VHS e usar o meu irmão como cinegrafista. Foi uma brincadeira que acabou ficando séria. E que me dá muito prazer até hoje. Não me lembro de ter pensado, com intensidade, em fazer outra coisa da vida na adolescência.

DM: Além de TV, você já trabalhou em que outros meios de comunicação?
TS:
Já trabalhei em rádio. Tanto na rádio da Univali, onde estagiei durante os nove períodos do curso de jornalismo, quanto na Transamérica Pop, em Balneário Camboriú. Foi uma baita bagagem pra encarar o universo da televisão.

DM: Como foi sua passagem pela RICTV Itajaí e pela RICTV Florianópolis? Além disso, como foi sua transferência de uma pra outra?
TS:
Entrei na Record Itajaí em janeiro de 2006 (na época ainda não era RIC) e fiquei por lá até o começo de 2008. Foi uma experiência fantástica, aprendi muito, amadureci e conheci profissionais excelentes! Acabei focando em jornalismo esportivo por um tempo e fui convidado para trabalhar em Florianópolis, assim que houve a implantação da RICTV em Santa Catarina. Na capital, virei repórter exclusivamente de esportes. Cobria muito futebol, com o Avaí e também o Figueirense. Uma época divertida e de novos aprendizados.

Vídeo


DM: Como foi sua experiência na Alemanha e como surgiu o convite?
TS:
Fiz a inscrição para um estágio na Deutsche Welle, emissora internacional de rádio e TV no país. A experiência seria radiofônica, na cidade de Bonn, antiga capital alemã. Através de currículo e portfólio, fui selecionado meses depois. Morei em Bonn e adorei o país. Estudei alemão um ano antes de ir, falo o básico, me viro. O trabalho era em português/inglês. Atuei na redação portuguesa com notícias voltadas aos países lusos da África. Uma experiência enriquecedora e que durou três meses.

DM: Após o seu retorno, surgiu o convite da RBSTV Blumenau. Como foi?
TS:
Ainda estava na Alemanha, terminando o estágio, quando me ligaram pela primeira vez. Aceitei o convite de freelancer dias após chegar ao Brasil. Percebi que poderia ser bom para engrossar a experiência profissional. Trabalho com algumas pessoas que eu já conhecia anteriormente (inclusive duas delas se formaram comigo), então eu fui muito bem recebido e me sinto em casa. O ambiente é ótimo e os profissionais muito competentes.

DM: Hoje, qual é a sua reportagem preferida?
TS:
Hoje em dia gosto muito de fazer comunidade. Reportagens que melhorem a vida de pessoas de alguma forma. Isso me satisfaz, percebo que o jornalismo pode contribuir. Além disso, reportagens que possibilitem criar coisas novas, sempre me instigam. Gosto de me desafiar e de estar em sintonia plena com o cinegrafista o tempo inteiro. Eles são os nossos "olhos". E a reportagem, nada mais é, do que um filminho. Precisa ser "campeã de bilheteria" na hora que está sendo exibida e mexer com o telespectador.

DM: Xóia, como você falou anteriormente, o esporte faz parte da sua carreira. Você se considera um repórter esportivo?
TS:
Gosto muito de fazer matérias de esporte, mas não sei se hoje me considero um repórter exclusivamente esportivo. Até porque não estou só no esporte na RBSTV. Foi uma vertente que surgiu, nunca almejei, mas que agarrei quando tive oportunidade. Gosto de variar, não ter rotina, mas fazer apenas esporte confesso, também é muito tentador.

DM: Desde o início da carreira, qual foi a sua maior gafe?
TS:
Vou contar uma delas. Estava fazendo um "vivo" no jornal da hora do almoço, na época em que trabalhei na Record Itajaí, no shopping da cidade. Entrevistava várias pessoas, era um quadro de "embaixadinhas". Aí fui falar com um dos candidatos e ele disse que fazia mágicas com cartas. Então, desafiei ele a fazer um truque ao vivo. Ele prometeu, sem olhar, adivinhar a carta que eu tirasse do maço. Tirei uma, mostrei pra câmera para que os telespectadores vissem, e devolvi pra ele. Na hora que ele embaralhou e foi me mostrar a carta para que eu confirmasse se era aquela que eu tinha tirado antes, eu não sabia responder! Afinal, mostrei apenas para os telespectadores e esqueci de observar ali, pessoalmente. Eu não sabia onde enfiar a cara. Estraguei a mágica do entrevistado e não tinha mais tempo pra repetir. Ao vivo tem dessas e, mesmo assim, é o que eu mais gosto de fazer na televisão.

DM: Essa foi boa! E Para o futuro, quais são seus objetivos na profissão?
TS:
Pretendo ir além, lapidar ainda mais o meu trabalho, aprender sempre com quem trabalha comigo e observar muito os outros. Ainda almejo atuar em um grande centro.

DM: E qual o recado que você deixa para o leitores do blog sobre o jornalismo.
TS:
Ser jornalista é estar "no ar" 24 horas por dia. Não tem como deixar de ser, mesmo quando você está em casa, descansando. A mania de sempre estarmos ligados, de olho nas situações, ver o que rende futuras reportagens, é constante. É uma profissão cansativa, mas gratificante. Melhor ainda quando é possível aguçar o senso crítico do público sobre determinado assunto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário